quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Olhos que nunca foram meus (com Carlos Cesar)
Olhos que nunca foram meus
(Bruno Kohl -Carlos Cesar)
Se até agora em meu caminho
Atalhos só serviram pra não te encontrar
vou atrás do mesmo destino
Tudo estava ao meu redor e não quis enxergar
Tentei esconder minha dor
atrás de uma sensação de adeus
E quis guardar em mim seus olhos
Olhos que nunca foram meus
Nunca foram meus
Se até agora nos meus sonhos
Você não fez questão de comparecer
E não, nem quis entrar no meu jogo
Resta apenas acordar e parar de sofrer
Eu me entreguei a perguntas
que seu olhar não respondeu
E quis guardar em mim seus olhos
Olhos que nunca foram meus
Nunca foram meus
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Cristalina (com François Muleka)
Cristalina
(Bruno Kohl / François Muleka)
Do veio
me veio um longo fio d’agua
é teia de seda molhada
que abrasa amores e lendas
Anseio
sem freio e a madrugada
me vem como gota de lava
e descansa nas linguas e fendas
Ontem saiu
A serpente cristalina
tem os olhos de fera e a menina
deslizava
E meu olho de montanha
com a nascente do amor nas entranhas
me chorava
A serpente cristalina em sua chegança de fera e menina
deslizava
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Eterno Abraço (com Alexandre Lemos)
Eterno Abraço
(Bruno Kohl/ Alexandre Lemos)
"Diz" que o mar
recebe o rio com medo
tal qual a um segredo
que não deve se escutar
E "diz" que o rio
entra no mar chorando
por estar se entregando
a um "nunca mais voltar"
não tem como parar
não tem como fugir
é desaparecer
pra logo ressurgir
e a chuva que cai como luva
abençoando a colisão
quem chove junto
é meu coração
e assim o encontro
se dá no embaraço
de um eterno abraço
na foz dessa cidade
e o rio e o mar
que tem mesmos trilhos
descobrem que são filhos
da mesma tempestade
sábado, 2 de fevereiro de 2013
A Cor do Céu (com Carlos Cesar)
(Música: Carlos Cesar/ Letra: Bruno Kohl)
Eu vi você descer a rua e na esquina o desespero
despejando um olhar entre alegria e afeição
Quase sempre a tristeza nos abate ao que perdemos
e assim um muro é construido com a destreza de um artesão
Unindo os retalhos solitários da certeza
que a beleza é o degrau mais alto da percepção
Ninguem possui a chave do teu coração
-Olha só como pôr-do-sol escolheu um tom vermelho sangue!
Meu amor, será assim a cor do céu?
Eu vi você subir a rua e na espreita o infinito
Desenhando um olhar entre euforia e perfeição
As vezes a razão passa a ser em nós um vício
e o caos aparece como um deus do tempo e estende a mão
Se a chuva julga quando cai na terra dos teus sonhos
permita que a tempestade venha e tire dessa solidão
Ninguem possui a chave do teu coração
-Olha só como a aurora escolheu um tom de amarelo ouro!
Meu amor, será assim a cor do céu?
Ninguem possui a chave do teu coração
-Olha só como a noite acolheu o breu dos seus olhos negros!
Meu amor, será assim a cor do céu?
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Rio Riacho (com Lula Barbosa)
Rio Riacho
(Música : Lula Barbosa/ Letra :Bruno Kohl )
Rasga toda margem
sem pedir passagem
violento e sujo é o poder em si
redesenha a pedra
desafia a queda
Em um beijo a força quebra a flor em mim
malmequer pra sempre
de facão nos dentes
corta a selva e tenta me livrar do asco
Eu acho que o rio
vive a rir do riacho
a anti-miragem
que se faz mensagem
desmontando o inerte da montanha ao mar
traz ao céu tempero
sabe amar os tempos
refletir os flertes e todo linguajar
passo a eternidade
a buscar verdades
como um fruto novo a cair do cacho
Eu acho que o rio
vive a rir do riacho
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