terça-feira, 6 de novembro de 2012

Manifesto




 Manifesto (Bruno Kohl)

Ela te espera, ela te espia
abre a janela do fundo da alma que eu já me esquecia
Ela te guarda , e te aguarda no dia
que te afunda na lama do tempo a secar em completa agonia

Ela pede uma tregua, e te manda um pé dágua
tua hostia consagra e agrega pitadas de humor e ironia
Ela é a tragédia , e a piada sagrada
e te faz manifesto a queimar na fogueira da hipocrisia

Ah! E se os nós das gravatas esmagassem traquéias
Ah! E se anéis de rubi  entrevassem falanges
Seria afinal a canção nossa chance?
Cresceria em nós o poder das idéias?

Ah! e se fartura de tudo queimassem esôfagos
Ah! e se usura do mundo podasse as saudes
seria a canção nossa unica atitude?
brotaria o amor de nosso escuro âmago?