quarta-feira, 29 de maio de 2013

Versos de Areia (Com Volnei Varaschin)




Versos de Areia
(Volnei Varaschin/Bruno Kohl )

Fecho as portas
saídas não encontram minhas pernas
as chaves são eternas letras tortas
como se estivesse preso pela pressa
de meus erros,sob o aterro
sob a terra


Fecho os olhos
e a luz que chega cedo incendeia
o milenar esboço toda a areia
choro como se eu perdesse o passo
um cego passatempo
meu espaço

e se um dia for me procurar
e chegar até a mim
saiba que talvez eu possa não estar
não me reconheço tanto assim


E ali vou afundar afogando eu me disperso
É ali todo meu centro,mar adentro me despeço
é ali todo o mundo movediço do meu ego
sob a areia do meu tempo
sob o tempo do meu verso

terça-feira, 28 de maio de 2013

As Vezes o Amor (com Matheus Von Krueger e Luis Kiari)


As vezes o amor
            (Matheus Von Krueger - Luis Kiari - Bruno Kohl )

As vezes o amor
é coisa algo que inunda
Afunda o olhar
seca na chuva
é fundo no que possa revelar
           
As vezes o amor
é o que flutua
Um leve estar
a carne nua
é deixa pro que possa escapar

As vezes o amor
é um tanto de falta
Um eterno momento é
sobra de tempo
           
As vezes o amor é
cem vezes o amor só
As vezes o amor é só
           
            As vezes o amor
            é algo que doa
            é de escolher
            é sem escolha
            é livre pro que possa aceitar

            As vezes o amor
            é pé de calçada
            a flor no asfalto
            a caminhada
            é tempo que se possa realizar

            Se é amor amor
            amor amor é
            e seja o que for
            cem vezes o amor é
            mil vezes o amor só
            as vezes o amor é, só. 

            Mil vezes o amor e só...


UM TUM (com Luis Kiari)







UM TUM
(Luis Kiari-Bruno Kohl)

O peito que já é nunca deixa de ser
Feito comboio ele pulsa um Tum
E espera outro Tum outro peito a lhe entender
Pra não ser mais tão só, e sim, Tum Tum

Ali os olhos dançam e despidos
Vivem na cumplicidade
E a todo o ritmo se dar

Não existe descontrole ou descarrilo
Toda forma de verdade
Será céu a rabiscar
Enrolam enfim as pernas, braços e veias,
Para assim formar as teias
Impossíveis de partir

E mesmo a vida sendo assim tão rara
É o coração que para

Para o amor coexistir

terça-feira, 21 de maio de 2013

MOEDA (com Marcoliva )


Moeda
(Marcoliva/Bruno Kohl )

A minha fala tá muda
A minha muda na mala
A moda mata e transmuta
Transmite fama e descarta
Não tenho carta nem time
Se o filme queima na lata
desata o nó e desiste
Essa moeda tá gasta!
O gosto não se define
o fim é auge da festa
o que nos resta é crime
Bala no meio da testa
O santo tá meio surdo
o absurdo na estante
Estamos vivos mais tempo
torcendo pra morrer antes

Estamos vivos
mais tempo
torcendo
pra morrer antes

         A nata foge do leite
O dente foge da fada
do nada sou imprudente
se dou a mão escondo o tapa
O que escapa é resumo
do suprassumo do certo
ainda não me acostumo
com que consumo e desprezo
Eu rezo depois do sono
Eu como antes da fome
Meu nome hoje é o dono
da grana que me consome
quando compramos formiga
a preço de elefante
Estamos vivos mais tempo
torcendo pra morrer antes

Estamos vivos mais tempo
torcendo pra morrer antes

sábado, 4 de maio de 2013

A Ida e a Volta (com Âma Campos)


A Ida e a Volta
(Bruno Kohl- Âma Campos)


Eu sei que arriscar é traiçoeiro,
Se fingimos ser capazes de enfrentar
O tal passado que de pé e copos erguidos
Brinda a nós e nossos erros, bem na hora do jantar.

Foi desse jeito que o acaso me lembrou
de um sonho e voce fingiu que me escutou
e de um espelho
em algum lugar do quarto
onde escondemos nosso chão

não me incomoda o partir e voltar
se a minha alma estar disposta a te esperar
querer viver com toda força pelos tempos
em infinita redenção

mil vezes quis
que o vento fosse te buscar
Quem sabe o adeus
é um eterno nó a desatar?

E se o amor vier de um anjo distraído
e nos convide de novo para dançar
a cada passo ,a cada queda vou sorrindo
e embalando com as canções que inventei pra te ninar

Foi desse jeito que o acaso me lembrou
de um sonho e voce fingiu que me escutou
e de um espelho
em algum lugar do quarto
onde escondemos nosso chão

não me incomoda o partir e voltar
se a minha alma estar disposta a te esperar
querer viver com toda força pelos tempos
em infinita redenção

mil vezes quis
que o vento fosse te buscar
Quem sabe o adeus
é um eterno nó a desatar?